segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

É Por Ti, Fogão!

Essa é para os alvinegros de plantão! Depois do encerramento das atividades do Blog "É Por Ti, Fogo", que funcionou por quase 3 anos no site do Globo Online, anuncio um novo espaço para a torcida do Fogão debater e trocar idéias, sempre com respeito e paixão: "É Por Ti, Fogão" (www.eportifogao.blogspot.com). O objetivo é dar continuidade ao bate-papo daquela família que lá se formou e fazer com que ela cresça e apareça. Será uma nova aventura, agora fora de um site de grande audiência. Vamos ver no que dá! Sejam bem-vindos à nova casa. Espero vocês por lá!

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Confu$ão

Afinal de contas, é permitido danificar, de livre e espontânea vontade, as cédulas de Real? Na minha infância, diziam que isso era crime. Nunca parei para verificar se era ou não verdade, até porque me parecia bem coerente. As notas danificadas precisam ser repostas em circulação e quanto maior esse número, maior a necessidade de fabricação e maior o custo para os cofres públicos. Ou seja, dinheiro meu, seu, nosso...

Por isso tudo, me parece muito esquisito que as próprias instituições financeiras tenham decidido, com aval do Banco Central, utilizar um dispositivo que, na tentativa de arrombamento de Caixas Eletrônicos, libera uma tinta rosa, pintando as notas de forma a identificar que aquele dinheiro tem origem ilícita. Ou seja, em vez de dotar seus estabelecimentos de formas mais eficientes - e caras! - de segurança, simplesmente danificam as notas. Depois é só mandar fabricar mais com o meu, o seu, o nosso dinheirinho.

Enquanto a questão envolvia apenas as instituições financeiras, ninguém percebia o absurdo. Somente quando o absurdo se tornou maior, com esse dinheiro saindo dos Caixas diretamente para as mãos das pessoas de bem, é que o problema veio à tona. O próprio Banco Central determinou que o prejuízo ficasse com o cidadão. Como um criminoso, o correntista deveria entregar a cédula à polícia para investigação. Investigar o quê, cara-pálida?? Se o correntista era do bem ou do mal?? Só rindo...

Depois de muita polêmica e pressão da opinião pública, enfim o Banco Central retrocedeu e determinou que os Bancos troquem imediatamente as cédulas para o cidadão, não importa se ele é do bem ou do mal. Pelo menos, essa parte do prejuízo volta para os causadores, se é que se pode dizer que esses caras tem prejuízo. Agora, aquela outra, a da reposição das notas danificadas continua saindo do meu, do seu, do nosso bolso. Até quando??

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Mandou mal, Metrô!


O Metrô do Rio de Janeiro deu um tiro n’água. Com a proposta de melhorar o serviço prestado aos usuários da linha 2, realizou uma obra gigantesca criando um novo trajeto que joga na linha 1 as composições oriundas da linha 2. Os motivos eram claros: diminuir o tempo de viagem e evitar a baldeação - sempre tumultuada nos horários de rush – na estação do Estácio.

Mas havia um outro motivo: reconquistar os passageiros da Tijuca que deixaram de utilizar o serviço, nesses horários, devido à superlotação dos carros no trecho entre Cinelândia e Estácio. No final das contas, o objetivo é um só: aumentar o número de passageiros. Tanto da Tijuca e adjacências, quanto dos bairros atendidos pela linha 2, atraídos pelo suposto conforto proporcionado pelo fim da transferência.

Adicione-se a isso tudo, a inauguração de uma nova estação: Ipanema. Ou seja, mais passageiros. Mas o que era ruim, ficou pior. Muito pior!

Ora! Se o problema com o número de passageiros anterior já era a superlotação, imagine agora com muito mais passageiros e com composições alternadas para a Tijuca e Linha 2. A conta é simples (para quem deseja ir para um dos dois destinos): se antes o intervalo entre as composições era de 4 minutos (em média), passou a ser de 8, devido à alternância dos destinos. Resultado: mais gente nas plataformas por mais tempo.

Além disso, transferiram, mesmo que implicitamente, o problema da baldeação que era centralizado no Estácio – que, pelo menos, possui 2 plataformas distintas – para outras estações que não tem estrutura para absorver tal movimento. Botafogo está fadada ao caos, já que as composições provenientes da linha 2 só farão serviço até lá. Resumindo, virou a “nova estação de transferência” sem ter estrutura para isso.

Como a operação ficou extremamente confusa, pois não há simetria nem lógica simples no fluxo dos trens, o controle precisa ser maior, portanto mais caro.

E para chegar nisso tudo, fizeram uma obra com cara de improviso – de gosto estético duvidoso – gastando dinheiro e tempo, estreitando a Radial Oeste, uma das maiores vias de escape para a Zona Norte do Rio, que já não dava vazão nos horários de pico.

O mais estranho disso tudo, é que estamos falando de coisas previsíveis. Não era difícil imaginar o resultado.

No final das contas, tudo o que precisávamos era de mais carros nas duas linhas, diminuindo o intervalo entre as composições. Só isso bastava! Não precisávamos de uma mega obra de engenharia. Com o tempo e o dinheiro gastos, certamente daria para comprar novos trens.

E com o nó operacional dado, fica muito complexo acrescentar carros às linhas, sem por em risco a segurança dos usuários.

Será que os “projetistas” dessa façanha foram tão ingenuamente míopes, incompetentes, ou teriam outros interesses ocultos? Fica difícil acreditar que eles tinham a real intenção acertar. Muito difícil, não acham?

domingo, 22 de novembro de 2009

Eventos cariocas???


Nos últimos tempos venho observando como os eventos organizados e apresentados aqui na cidade do Rio de Janeiro vem mudando de cara.

Aquela espontaneidade típica dos cariocas vem sendo colocada de lado com a maciça automação imposta ao público, onde “animadores profissionais” passam o tempo inteiro gritando palavras de ordem, comandando o espetáculo como se aquelas pessoas que resolvem prestigiar o evento fossem robôs acionados por controle de voz.

E o barulho não para... Enquanto os animadores desligam seus microfones para pegar um pouco de fôlego, a música alta e frequentemente distorcida, não dá trégua para os nossos ouvidos. Não sei se as pessoas gostam realmente desse modelo ou se sou eu que estou envelhecendo. O fato é que me incomoda demais.

Nem os belos jogos de voleibol escapam desse formato infernal. Outro dia, fui ver a seleção feminina jogar no Maracanazinho e, graças ao bom desempenho da meninas, vencemos por 3 a 0. Acho que, se o adversário tivesse endurecido um pouco o jogo, eu não teria conseguido chegar ao final da partida.

Temo, sinceramente, pelo nosso futebol... A hora que resolverem fazer algo parecido no Maracanã ou Engenhão, deixo de frequentar os estádios. Vou só de pay-per-view! E sem som...

Não sei de onde “importaram” essa idéia, mas, puxando pela memória, algo que mais se assemelha são aqueles rodeios do interior paulista, narrados e animados do início ao fim. Coisa de paulista! Com todo o respeito...

Resolvi escrever sobre isso hoje, pois está rolando em Copacabana um evento de skatistas, numa arena coberta montada sobre as areias, a exemplo do futebol de praia. A pedido da minha família, na saída da praia – e apesar da minha ojeriza -, fomos dar uma espiada nas manobras radicais, narradas aos berros pelos tais animadores. Afinal, a entrada era franca. Era preciso só um pouquinho de paciência. Para minha surpresa, um segurança impediu a minha entrada por estar trajando sunga. Só era permitido o acesso, com short ou bermuda. Pensei com os meus botões: “Ué?! Qual seria o motivo? Atentado violento ao pudor?? Não estamos na praia??” Na verdade, não fiz muita questão de entender, pois não queria mesmo estar ali. Virei as costas e fui embora.

Mas o fato é que, em plena praia de Copacabana num torneiozinho de skate, me senti sendo barrado numa ópera em pleno Teatro Municipal. Deve ser coisa de paulista. Com todo o respeito...

Novo Rio Rotativo

Há alguns meses, a Prefeitura do Rio de Janeiro resolveu formar lotes de estacionamento para vendê-los a empresas privadas sob forma de concessão. Na época, lembro que somente o lote composto pelos bairros de Copacabana, Ipanema, Leblon, Gávea, Lagoa e Jardim Botânico, tiveram interesse de exploração pelo consórcio Ebel/Embrapark, formado por dois grupos: um paulista e outro espanhol.

Acompanhei a mudança pelo noticiário, com certa desconfiança, já que não não entendi muito bem a motivação em mudar algo que vinha funcionando. É óbvio que tudo passa pelo interesse financeiro antes de qualquer intenção. O discurso é polido, bonito, nos fazendo crer que buscam apenas a melhora no serviço para a população. Antes fosse...

Minha experiência como usuário, limita-se aos finais de semana de praia – no Leme – e pude observar algumas mudanças, não muito animadoras. Como todos sabem, o “alto verão carioca”, a despeito do calendário, começa em meados de outubro e se estende até abril. Nesse período, a procura pelas praias se intensifica e a busca por vagas de estacionamento na orla também. Em função disso, é meu costume chegar cedo na praia, entre 8:00 e 8:30. Até antes da mudança da operação, era o suficiente para estacionar calmamente o carro, escolher um bom lugar da areia e curtir o melhor do sol. Entre 11:00 e 12:00 é a hora de zarpar. Nesse horário, ao liberarmos a vaga, é comum vermos motoristas desesperados se estapeando para colocar o carro na brecha aberta.

Esse ano tudo mudou... a começar pelo horário de chegada: pouco antes das 8:00 as últimas vagas já são ocupadas. Observei , no trecho onde costumo parar, que muito menos carros são atendidos. Isso porque os carros são estacionados sem que os operadores orientem sobre uma distância padrão entre os carros. É comum vermos três carros parados onde caberiam cinco com folga. No cômputo geral, umas 10 vagas são perdidas num trecho de cerca de 100m. Imagine o que acontece nos vários quilômetros operados pelo consórcio.

Resultado disso é uma quantidade maior de usuários em busca de vagas, criando um verdadeiro caos do trânsito. O curioso é que, naquele horário das brigas, os novos operadores, em vez de chegar junto e organizar, preferem afastar-se e deixar a confusão rolar solta. Posso garantir que, pelo menos em outros verões naquele trecho de praia, era algo que não acontecia sob a supervisão do antigo “xerife”.

Infelizmente, nem tudo muda pra melhor... Esse verão promete!

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Idosos ou “Homens de Neanderthal”?

Sempre trato os idosos com a maior educação, escutando-os e procurando ajudá-los, respeitando seus direitos de acessibilidade. Nada de mais. Nada que não seja minha obrigação. Afinal, são merecedores, não só pelas limitações impostas pela idade, mas principalmente pelas suas histórias de vida, suas experiências, suas contribuições à sociedade.

Mas algo me incomoda muito! Muito mesmo! A falta de respeito de alguns deles com os mais jovens. Não é difícil sermos destratados, empurrados e – pasmem! – até xingados sem nenhuma razão. Acredito até que, em alguns casos, seja fruto de senilidade. Ou mesmo, falta de paciência com o mundo – afinal, já estão por aqui vendo as barbaridades há tempos... O fato é que tem vários que aproveitam-se dos “superpoderes” a eles concedidos ao atingirem a marca dos 65. Como têm preferência em tudo, acham que não precisam mais pedir licença para passar à frente ou para requisitar um lugar pra sentar. Basta empurrar, esbravejar e pronto! Tudo é permitido.

É óbvio que não me refiro às reações, até certo ponto apropriadas, contra jovens que desrespeitam os direitos dos idosos, ocupando lugares preferenciais indevidamente e fingindo nem ser com eles. Mas já fui muito desrespeitado por idoso e já vi muita gente de bem também ser. Talvez sejam jovens mal educados de outrora que tornaram-se velhos de mesmo nível. Quem sabe?

sábado, 22 de agosto de 2009

Cenas da madrugada

Havia acabado de deitar, por volta de 1h da manhã, quando começa uma gritaria na rua. Uma voz feminina aos berros, discutia com um rapaz – Felipe, como repetia diversas vezes a descontrolada mulher.

Levantei, olhei pela varanda do quarto. Nada vi. A discussão abrandou. Deitei novamente.

Poucos segundos se passaram, e a discussão foi retomada em maior volume. Não aguentei. Fui para a varanda da sala, de onde se tem uma visão mais ampla da rua. Minha mulher acordou e veio atrás. A cena era curiosa: na calçada oposta, uma mulher grudada no braço de um homem, em frente a uma patrulhinha parada na pista, um policial de cada lado do casal, e a discussão rolando solta. Somente o casal. Os policiais não interferiam, provavelmente porque, como diz o ditado, “em briga de marido e mulher, não se mete a colher”. Não consegui entender o motivo da discussão, pois a 15 andares de altura, apesar do silêncio da madrugada, ficou difícil pegar os detahes da conversa.

E o lance se estendeu por mais alguns minutos, quando um dos policiais entrou na viatura. Em seguida, o outro foi saindo de lado e entrou também. Acho que resolveram esperar sentados pelo desfecho.

Nisso, Felipe desvencilhou-se da mulher, deu um drible de corpo, gingou prá lá, gingou pra cá e correu, fugindo em direção à próxima esquina. A mulher, agora mais descontrolada ainda, largou a bolsa em frente a viatura, tirou os sapatos e saiu em disparada atrás do rapaz. Capaz de fazer inveja ao Usain Bolt!

Assustado, Felipe dobrou a esquina, mas a mulher não desistiu. Já iam além da metade da quadra, quando ainda ouviam-se os gritos da perseguidora implacável. Cena grotesca e hilária!

Os policiais, em sonoras gargalhadas, recolheram os pertences deixados pra trás, entraram na viatura e saíram devagar, pelo mesmo caminho do casal. O desfecho foi em outro lugar, longe dos nossos olhos.

Voltamos para cama, rindo muito, mas um tanto quanto frustrados por não sabermos o final da história. Demorei a dormir... Vez por outra, dava boas risadas na cama ainda lembrando da cena inusitada do rapaz, em desespero, fugindo da ameaçadora “mulher-relâmpago”.

Afinal, o que foi que você fez, Felipe??