quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Caminhando para o fim



O bem e o mal. Vivemos num tempo em que o mal foi banalizado. Um tempo onde é quase normal burlar, roubar, corromper, prejudicar o próximo em prol de si mesmo. Digo quase normal, porque pra ser normal bastaria não haver denúncias, indignação, revolta. Mas de que tem adiantado?
Por mais que se clame por justiça, por honestidade, por amor ao próximo, nada acontece com quem pratica o mal.
Os mesmos políticos estão aí, há décadas na situação, regozijando-se com o nosso dinheiro sem dar satisfação ou retorno ao seu eleitorado. Empresários que usam artimanhas ilícitas (os fins justificam os meios, pensam eles!) para lucrar mais, enriquecer, sonegando impostos (afinal, por que dar o dinheiro para o Governo se ele não o aplica com lisura?), espionando e, até mesmo, exterminando a concorrência com atitudes dignas dos saqueadores da Idade Média, que conquistavam e ampliavam seus domínios a ferro e fogo. Cidadãos de todas as classes que sonham em ganhar dinheiro fácil, traficando (drogas, mulheres, crianças, influência,...), roubando, prostituindo-se, procurando uma “mamata” de um cargo público, uma assessoria, uma distorção qualquer do sistema que permite que um “aspone” ganhe muito mais que um professor, um pesquisador, um médico - gente que deu duro a vida toda para ar a sua contribuição à sociedade. Crianças crescendo como bichos, sem limites, sem respeito, rebaixando a raça humana à condição de animais irracionais. Só instinto!
E o bem? Ah, o bem... Esse, quando alguém o pratica, é visto como um extra-terrestre, um ser evoluído, desprendido dos valores materiais. Que coisa linda! Para esses, as milhares de seitas religiosas (mais um grupo de aproveitadores que não mencionei acima) reservam – mediante pequenas contribuições mensais - um lugar no paraíso.
E o inferno? O inferno é aqui.

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